Há exatos 23 três
anos e quarenta e um dias, nascia essa espécie de metamorfose ambulante que vos
escreve neste momento. E morte, tu que és tão forte, que matas o gato, o rato e
o homem há exatos 23 anos que hoje se completam, levava deste plano um dos
maiores, se não o maior integrante e idealizador da sociedade alternativa como
passageiro no trem das 7.
Tive como poucos a
sorte de ser criada por um de seus "discípulos", por assim dizer, e
mesmo tendo nascido há quarenta e um dias antes de sua partida, pude assim
conhecer, entender e optar por seguir tais ideais mesmo vivendo em um mundo que
ainda acha ridículo quem acredita em papai noel ou discute Carlos Gardel.
Sim graças ao meu
tão grandioso pai (que carinhosamente apelidei de raulzito pelo tamanho do seu
apreço ao músico), tenho orgulho de me reconhecer parte da geração da Luz, e
poder mesmo que postumamente apreciar e sentir na voz ainda gravada em vinil o
amor de poucos que cantavam com a alma. Um ser humano, um músico um
poeta.
Aprendi a interpretar o mundo de muitos modos, e
principalmente a dar valor ao meu modo de ver a as coisas, a celebrar e chorar
a vida na forma mais intensa de sua realidade.
Essa nova geração de tchus tchás, barás berês e lê
lê lês é que me desculpem, mas nunca entenderão o que é ter nas mãos a
velocidade da luz pra alcançar.
A matéria dele se
foi, mas sua alma está espalhada em cada uma de suas obras.
Salve Raul.
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